Hoje na calada da noite quando todos ainda esperava o beijo de boa noite, eu fui dormir. Esparramei meu corpo exaustivo pelo colchão, e aquela escuridão do meu quarto aonde não se via nem a tristeza que escorria pelas pálpebras, tomou conta uma visão que enxergava tudo, e ao mesmo não enxergava nada. Tudo que se via era flash, de certos momentos, por ora triste, por ora felizes, por ora mediano.
O corpo estava esparramado, para não sentir mais aquela dor trazida pelos anos de caminhada, por aquela coluna curvada e cheio de sinais traumáticos, causada por um escorregam aqui, um tropeço acolá, sentia-se estraçalhada.
Os pés estavam calejados e cheios de rachaduras, e parece que quanto mais via-se o limite do caminho, mais difícil era de enfrentar os obstáculos que ali possuía, pois os calos estavam dando sinal de dor e a cada pisada que escorria o liquido de inflamação advinda das rachaduras, os insetos aproximavam.
Era uma caminhada agonizante, quanto tudo estava com traços que ia dar bem, aquela dor no peito recordava as lembranças, que a ansiedade mora logo ali, o estomago parecia que arrebentava, o coração... nossa! esse sim, parecia que ia sai pela boca... Tudo estava caminhando... mesmo com crises terríveis, tudo estava se movimentando... porque mesmo que você esta morrendo por dentro. Pessoas sempre te lembraram que existem outras que estão em complicações maiores.
Mas, obvio que ninguém entende a dor e o sofrimento do outro...
O cerco do egoísmo voltou a nos assombrar, por vez até parece que vivemos no mundo onde a Terra era vista como o centro do universo (só para demostrar que o EGO é quem alimenta a alma, só que eles nunca foram avisados que quem alimenta a alma é o SOL).
E o corpo aqui esparramado pelo colchão, não sabe se dorme ou se morre.